Os parceiros de Promobiomasse – o Centro de Ciencia y Tecnología Forestal de Cataluña (CTFC), a sociedade pública Navarra de Suelo y Vivienda, SA do Governo da Navarra (NASUVINSA), a Agencia Extremeña de la Energía (AGENEX), a Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior (ENERAREA), do norte de Portugal, a Communauté de Communes du Plateau de Lannemezan (CCPL), dp departamento francês de Hautes-Pyrénées, e a Association des Communes Forestières des Pyrénées Atlantiques (COFOR64), dos Pirenéus Atlânticos – reuniram virtualmente esta semana para abordar os avanços realizados no âmbito do projeto e projetar as novas ações, adaptando-as à situação atual de pandemia.

Promobiomasse é um projeto de cooperação transnacional que pretende impulsionar o mercado energético da biomassa florestal no território SUDOE (sudoeste da Europa), com as vantagens que isso acarreta: redução do risco de incêndios, geração de emprego no meio rural, avanços na transição energética e oportunidades de desenvolvimento sustentável. Para além das entidades parceiras referidas, participam também outras 19 associadas. O orçamento total do projeto é de 1,4 milhões de euros, dos quais o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) contribui com um milhão.

Avanços nas experiências piloto

Durante o encontro virtual analisou-se em que ponto se encontram as ações piloto desenvolvidas em cada território ao abrigo do Modelo Integrado de Gestão Sustentável do Mercado da Biomassa em Circuito Curto elaborado no projeto. No caso da Nasuvinsa, esta semana terão início as obras do centro logístico em Aoiz (Navarra), que abastecerá as caldeiras de biomassa dos edifícios de habitação social da Nasuvinsa e outras instalações futuras que possam vir a ser impulsionadas pelo setor público. Também está a ser elaborado um plano de viabilidade para esta dotação, que contará com um órgão de gestão misto público-privado, que será licitado proximamente.

O Centro de Ciencia y Tecnología Forestal de Cataluña (CTFC) desenvolveu duas ações: por um lado, elaborou um estudo de dinamização da gestão florestal conjunta para a prevenção de incêndios e produção de biomassa e, por outro, analisou novos métodos de extração de madeira inovadores e com menor impacto ambiental, que melhoram as condições de trabalho no monte. Nomeadamente, foi testado um sistema de cabo aéreo e foi elaborado um guia de boas práticas no uso da extração de madeiras com roldana. O seu funcionamento e características dar-se-ão a conhecer através de jornadas online a parceiros do CTFC, empresas e escolas florestais.

A Communauté de Communes du Plateau de Lannemezan (CCPL), do departamento francês de Hautes-Pyrénées, desenvolveu uma plataforma digital de caracterização das massas florestais com a finalidade de facilitar a mobilização dos recursos florestais de propriedade privada, assegurar a rastreabilidade dos produtos florestais e ajudar na coordenação e ação conjunta da gestão florestal. A ferramenta já foi testada em 5.000 hectares da Occitânia e os resultados foram muito positivos.

A Agencia Extremeña de la Energía (AGENEX) está a realizar nestes dias os cursos para a gestão integral da biomassa dirigidos a agentes locais. A formação consta de duas sessões teórico-práticas online e visitas no terreno a um aproveitamento madeireiro, uma instalação logística e de transformação de biomassa e uma rede de calor da empresa Extremadura Verde, encarregada de ministrar o curso. A proposta foi muito bem acolhida, com mais de 120 pessoas participantes.

A Associationdes Communes Forestières des Pyrénées Atlantiques (COFOR64), dos Pirenéus Atlânticos, já implementou um “Clube de Utilizadores” de caldeiras de biomassa que reúne os agentes das autoridades locais e empresas encarregadas da gestão das caldeiras de biomassa na zona Pirenéus Atlânticos, com o objetivo de fomentar a troca de experiências e o aumento das competências dos agentes encarregados da gestão dos equipamentos e melhorar assim o seu funcionamento. O grupo reuniu pela primeira vez em junho e tem previsto realizar o seu segundo encontro no final deste ano.

De seu lado, a Agência Regional de Energia e Ambiente do Interior (ENERAREA), através do Centro de Biomassa para a Energia, está a elaborar um plano de viabilidade de um centro logístico de recolha e tratamento de biomassa florestal residual que estará concluído no mês de fevereiro. A criação desta infraestrutura visa aumentar a eficácia dos modelos de recolha de biomassa, promover a valorização da biomassa com fins energéticos, alterar o enquadramento jurídico da exploração deste recurso e melhorar os conhecimentos técnicos dos agentes envolvidos.

Adaptação à pandemia

Durante o Comité, foram abordadas também as atuações da reta final do projeto, adaptadas às circunstâncias atuais derivadas da Covid-19. Entre elas, destaca-se a validação definitiva do Modelo Integrado de Gestão Sustentável do Mercado da Biomassa em Circuito Curto, inclusive as avaliações das experiências piloto; a difusão do projeto através da internet e das redes sociais; a elaboração de microvídeos de apresentação de cada experiência piloto; e a realização de uma jornada online com a participação do grupo de especialistas do projeto para informar acerca do referido modelo.